O projeto “Protegendo as Águas”, da Associação Amigos da Biblioteca, é um dos seis escolhidos na última seleção pública Comunidades do Programa Petrobras Socioambiental O projeto Protegendo as Águas tem como objetivo promover a conservação e a manutenção dos recursos hídricos da bacia do Rio do Peixe, em São Francisco Xavier para o futuro”, ressalta Sidnei. “Pretendemos também treinar mais jovens e já estamos firmando parcerias com a universidade local e a secretaria estadual de meio ambiente para troca de informações técnicas”, conta a coordenadora técnica do projeto, Marilene Mesquita Silva. Em tempos de crise de água, os trabalhos que têm como objetivo conservar rios e outras fontes de recursos hídricos merecem ainda mais destaque. É o caso do projeto “Protegendo as Águas”, da Associação Amigos da Biblioteca, Organização Não Governamental (ONG) do distrito de São Francisco Xavier, em São José dos Campos. O trabalho foi um dos seis projetos da região do Vale do Paraíba que selecionamos pelo Programa Petrobras Socioambiental para patrocínio no período 2015-2017. O projeto visa promover a conservação e manutenção dos recursos hídricos da bacia do Rio do Peixe, que é um dos afluentes do rio Paraíba do Sul e abastece a Represa do Jaguari, em uma extensão de cerca de 20 quilômetros. Estão previstas ações integradas de biomonitoramento, educação ambiental e reflorestamento. “Há vários anos já promovíamos ações de limpeza do rio aqui em São Francisco e surgiu a ideia de montar um projeto para ter um trabalho constante”, explica o presidente da associação e coordenador administrativo do projeto, Sidnei Pereira da Rosa. A atividade de biomonitoramento está sendo feita por uma equipe composta por três jovens do distrito que foram treinados especialmente para este trabalho.
Eles vão a campo mensal- 6 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL mente para coleta de amostras e contam também com o apoio de imagens captadas por drones para a elabora- ção de suas análises. “Este biomonitoramento vai gerar o primeiro banco de dados do Rio do Peixe, e isso é de extrema importância para pensarmos em ações de proteção
Fotos: Bia Pureza / Acervo Associação Amigos da Biblioteca
Educação ambiental e reflorestamento Em paralelo ao trabalho de monitoramento, o projeto também está promovendo atividades de educação ambiental e reflorestamento. Em agosto de 2015, foi realizada uma oficina de comunicação para adolescentes chamada Imprensa Jovem no Protegendo as Águas. Vinte jovens aprenderam técnicas de foto, vídeo e redação para que, através das redes sociais, eles sejam os principais divulgadores das ações do projeto. O Bairro dos Martins, onde vivem cerca de 60 pessoas descendentes de quilombolas, foi escolhido como área piloto para oficinas combinadas com ações práticas. Ao longo do segundo semestre, os moradores participarão de oficinas de reflorestamento, reciclagem de água e resíduos e horta social. Como resultado prático, foi promovido o reflorestamento de um hectare no entorno do Ribeirão dos Martins e a comunidade está em processo de construção de fossas sépticas. “Apesar de serem realizadas no bairro, as oficinas são abertas a toda a comunidade. A ideia é sempre replicar, o máximo possível, as técnicas aprendidas em todo o distrito, através de uma rede de moradores. Temos também cartilhas, que ajudam nessa disseminação do conhecimento, que é um dos maiores valores de todo esse trabalho”, conclui Sidnei.
Clique aqui para ver a matéria original da revista Viver com energia